26 de jun. de 2011

Conquista: Mapa Cultural Paulista

Troféu, 1º lugar (melhor espetáculo/diretor), Mapa Cultural Paulista, Fase Municipal, Guarujá, SP, 2007, Espetáculo Entre Estranhos, textos: Alex Moreira Carvalho, direção: Alcebíades Filho, com: Dina Alves, Luciano Costta e Patrícia Galvão, coreografia: Luis Bonelli.

Alces

Torquato. Torquato talvez seja um nome exato. Ou não. Qual a importância da exatidão? Tudo late quando o Piauí se faz Arte. O cotidiano é sempre desastre. Ou não. Quando o olhar fala mais do que guarda-sóis carregados como se fossem hastes, não há dúvida: estamos diante de muitos Alces. Eles se multiplicam na presença calada, argumentada, retirada, ousada, delicada de um só vinte e três anos, inúmeros Sartres. Sou embate. Aliás, nunca sou. Contradição? Talvez não. Apenas deixo-me fabricar partes. De um só coração: aquele que arde. Somos inúmeras e delirantes tardes. Martes? 

 Alex Moreira Carvalho, 2006

20 de jun. de 2011

Ser ou não ser... antropofágico...


alcebíades filho, de quem mesmo? foto: alcebíades filho.
.
o alce-bíades filho (de quem mesmo?) é um garoto teatral que o piauí precisa, urgentemente, resgatar, reconhecer, repensar, reamar para que ele se convença de uma vez por todos que é um ser normal como todos nós do Engenho D'dentro somos e seremos nunc et semper. anda solto, leve e louco por estas terras de macunaímas e outros naveloucos daqui e dalhures navegando em rios e mares nunca dantes navegados por Camões ou por Pessoa alguma e agora resolveu devorar meu torquato neto ou a carne seca é servida como na cena antropofágica da igreja católica que os padres devoram o corpo de cristo e ainda dão para as velinhas sem dentes mastigarem os pedaços com o sangue também de cristo, por deus, dizem: para redimir os nossos pecados sob o sol e o sal do equador.

sem mais dentes, por conta dos inumeros sorrisos entredentes após seus atos teatrais em que só tem recebido muita merda pelo longo da sua trajetória, apelou para o garfo e a faca, me lembrando o filme a faca e o rio, onde minha amiga de 82 anos de idade genu moraes faz pontinha por conta e graça do Odilo Costa, filho (de quem, mesmo?), e não se deu por vencido enquanto na deglutiu toda a minha obra torquateana, que em seu bucho irá germinar novos personagens vampirescos ou não, segundo caetano bofe meloso.
para me convencer que não é doido varrido de algum planeta desse imenso universo criado por deus dará que já deu e mais vai dar um dia D, usa de artes e artemanhas de murilo mendes e de reclame sobre meu torquato neto ou a carne seca é servida só para me agradar, mesmo sabendo ele que há muito já é do meu máximo bem querer e muito gostar.
Vejamos:
“no tempo em que eu não era antropófago, isto é, no tempo em que eu não devorava livros – e livros não são homens, não contêm a substância, o próprio sangue do homem?” murilo mendes.

kenard kruel, no rio poty? foto: renata pitta.
eu, alcebíades filho – de quem mesmo? recomendo a leitura do livro torquato neto ou a carne seca é servida, de autoria do jornalista kenard kruel (presidente do sindicato dos escritores no piauí e da associação piauiense de imprensa e editor da editora zodíaco). à venda nas livrarias e bancas de jornais e revistas, do piauí (R$ 30 reais), pela internet (kenardkruel@yahoo.com.br - R$ 50 reais, com postagem – imposto dos PeTralhas) ou pelos fones (86) 3220 3282 – 99618593 - 94447939 ou 8817 1179.

http://krudu.blogspot.com/

3 de mar. de 2011

(dina alves, n`Os últimos dias de paupéria, direção: alcebíades filho. participação musical especial: fantasmas cinzentos. foto: sarah veríssimo.)

Meta do desespero
“Ser breve diante de uma necessidade vital, naquele momento exato em que se pulsa pelo lado de fora, a mira, é a primeira e unica meta do desespero, quem puder que se atire diante do fogo em consumo da sua pele, a arte também não afrouxa nada dentro da pele, pega fogo o artista que a possui, o espetáculo sai todinho pronto, é esse o resultado do artista, a arte. parabéns pelo trabalho.”



Coruja/ Fantasmas

2 de out. de 2010

28 de ago. de 2010



E esse é o Alcebíades, filho de si e dos demais incorporados a si.

                                                                                                                                   (Dominique)

22 de ago. de 2010

poético cênico, patético cínico

12 de ago. de 2010





NÃO REPRESENTO




NÃO MINTO




VIDA QUE INVENTO




EU SINTO

11 de ago. de 2010


               … Afinal, foi Alcebíades, embriagado, que quase enloqueceu Sócrates.
(Paulo Castro)

9 de ago. de 2010



VAI ,VAI ALCEBIADES, NAS COSTAS DO VENTO, NO PORÃO DO SOL, SEGUE A NUVEM E SE ESCONDE ATRÁS DELA, PESSOAS COM OLHAR INFANTIL COMO O TEU, DEUS PROTEGE E NÃO DEIXA QUE SEJAM VISTAS, VAI, VIAJA ONDE NINGUÉM JAMAIS BOTOU OS PÉS, PLANTA SUA PEQUENA MUDA DE VOLTAR ATRÁS, NO EXÍLIO DA INFANCIA, ESCONDERIJO PERFEITO ONDE FAZIAS SEU TEATRO DE BONECOS E OS BONECOS ERAM SEUS AMIGOS DE VERDADE… E CHORAVAM E RIAM E SABIAM PEDIR PERDÃO E AJOELHAVAM COM OS OLHOS E UM SORRISO GRANDÃO RASGAVA A TARDE DE TANTA ALEGRIA!!!VAI PULANDO A JANELA DA SALA QUE ACABASTE DE ARRANCAR A PORTA NA MEMÓRIA PARA QUE TODAS SUAS PERSONAGENS DE AGORA, ENTREM, SENTEM – SE NO CHÃO ENCERADO DE FANTASIAS OUVINDO A CANÇÃO QUE FALA DE UMA CONCHA AZUL COM O SOM DE TODOS OS SEUS DIAS IDOS…

(MARIA DE FÁTIMA)
Alcim al al al ao cim cim sim…
Ouvinte dilacerado
Demasiado introspecto
puramente mente pura
puro no que diz respeito ao compromisso
com o transcendente do reles ser…
Dor de entranhas e estranhas costumizações sociais…

enfim… Divino, Sublime, Único…
Desconhecidamente transparente…
Com Amor, Rês!*** (Renata Fialho)
poeira no olho
orgão trocado
se for assumido
chamo de amigo
se mentir
chamo viado
não deixando
de ser perdido
nem mesmo amigo
cumpre o respeito
falar palavrão
pra tudo dá nome
covarde é cuzão
se for brilhante
perco a rima
mas chamo torto
(Bira Sound)


eu sou como eu sou
vivente
e
vivo desesperadamente
todas as horas do fim
de mim

(Alcebíades filho, de quem? e Torquato Neto de quem, mesmo?)

***

O texto me agradou. Enxuto. Mas não seco.
Sábios os que vivem o enigma das horas de tal relógio, lamento opinar, já com os ponteiros parados para muitos.
Não para ti.
Mas o que mais que me agradou, me deu um soco, me deu uma alma na minha alma, me deu espada de samurai na veia,
foi a FOTO.
A força da expressão, que não é dolorosa, não é trágica, não é desesperada: ou seja, não se encontra adjetivos para sua foto.
Um culturette chamaria de “expressionista” e ainda assim estaria apenas longe da verdade, qual é não sei e por isso sou arremessado pela imagem de encontro à muralha.
Arrebatador !
º
(Paulo Castro)





Ao vencedor as batatas: O Alce-bíades Filho (de quem mesmo?) é um garoto que o piauí precisa, urgentemente, resgatar, reconhecer, repensar, reamar. Trata-se de um autêntico vencedor. Embora por e para isso tenha segurado e ainda segure muitas batatas quentes. Agora mesmo, para meu conhecimento coletivo, envia informações do Pedro Pedreiro – a saga de um povo, espetáculo vencedor do Festival Santista de Teatro Amador (FESTA) – 2003, nas seguintes categorias: melhor trilha sonora, melhor coreografia, melhor ator coadjuvante  e prêmio especial do juri pelo conjunto da obra. Com direção de Glauce Teodoro, coreografia de Jaykobs; o elenco é composto por: Alce – bíades filho(de quem mesmo?), como pedro; Lucimar Aparecido, como etelvina; Guillherme Fagundes, como waldemar; Luís Bonelli, como cantora; Alexandre Poli (epa!), como o profeta, e Josenildo Silva, como o delegado, dentre outros e outras. esse é o piauí que me interessa, o piauí vencedor… é, por essa e outras, que eu quero a tomada do herbert parentes fortes. quem mais se habilita? cartas para a kenard kaverna: http://www.krudu.blogspot.com/

kenard kruel - escritor, autor de torquato neto ou a carne seca é servida.

24 de nov. de 2009

Alcebíades, fazer do palco sua casa onde você chega e se despe de todos os seus sentimentos , faz um gole de ilusão bem quente e come repartido em mil o pão que alimenta a fome da sua arte, faz brotar nos olhos da platéia lágrimas indecisas na face. E vai o tempo passando, vai vestindo os trajes que lhe transportarão no porão da arte, sobe até o sótão e desce por um corrimão de melancolia segurando na corda forte e inquebrável da fantasia, se transforma em palhaço, vendedor ambulante, pedreiro, bóia fria, e no fim quando esperam o clímax de todas as personagens, a que foi deixada como carta na manga, você simplesmente surpreende sendo só o que é, Alcebíades Filho, de quem, mesmo?
Voltou o palhaço, embrulhado nos trapos do ontem...com o rosto coberto de linhas que o tempo construiu sem deixar brechas para que encontrasse o caminho da volta... Lá vai ele, forçando um sorriso despedaçado, vai tentando reconstruir os traços antes que a noite chegue, antes que a lua apareça sútilmente como uma lasca de unha encravada no céu, de um azul que ele nem lembra mais, mas precisa se recompor, precisa muito, muito... Na primeira fila da vida, as crianças o esperam com as mãos preparadas para o aplauso inocente de que O ESPETÁCULO TERÁ VALIDO A PENA,proporcionado por um ingresso comprado com o que seria o cafe´da manhã.... te gosto pacaaaaaa!!




(Maria de Fátima)

19 de nov. de 2009


alcebíades. 
te devoro, menino. 
levo-nos ao mundo puto, outrora dito, “bandido”, 
e nele afundamos, 
com as senhas corretas, 
os aviões, 
as escadas que conduzem para uma luz lúgubre, 
a fumaça perfumada dos chineses deitados, 
os homens de jaqueta de couro, 
uma avenida deserta na madrugada, 
e por fim, 
um lobo como nosso travesseiro,
a colina em lua.
º 
(Paulo Castro)

18 de nov. de 2009



















(Alcebíades Filho (de quem, mesmo?) e Dina Alves, n`Os últimos dias de Paupéria)

Meu amigo, gosto dessa ‘estranheza’, dessa desconstrução do olhar burguês que é o olhar dominador sobre o Outro. Quando vejo você em cena, compreendo o quanto você se esquiva, ou foge desse olhar burocratizado. Mas Alcebíades, penso que ao tentar escapar a essa determinação temos que construir um olhar também de dominação desse poder estabelecido. Assim, ao marcarmos no palco novos espaços-tempos em que nós nos tornamos centro e não mais periferia em torno do poder, teríamos que de uma certa maneira dar forma ao caos criado por nossa expressividade. A impressão que tive, e foi imediata, preciso ver seu espetáculo mais vezes, é que nós, amantes da ‘arte anarcaótica’, não nos utilizamos das formas de expressão burguesas na construção de novos espaços, e que nos aprisionamos a ‘anarquia pela anarquia ou a liberdade pela liberdade’. As vezes essa estética também se torna uma camisa de força. Veja, não quero que isso seja verdade, porque não sou da Verdade, sou das sombras, sou da caverna antes de ascender a luz, Verdade para mim só existe no mundo platônico, e, como você bem sabe, nós (alguns atores) lutamos contra essa essencialidade, essa incondicionalidade do mundo das idéias criado por Platão que terminou dando num certo teatro de merda que venho assistindo ultimamente na baixada. Veja, Alcebíades, neguinho está usando o nosso espaço sagrado e embriagado do nosso deus Dioniso pra falar dessa merda de espiritismo. Teatro virou Zibia Gasparetto, pôrra! A nossa luta é a luta de Artaud, lutamos contra a esquizofrenia cultural que quer a todo o momento nos suicidar. Você Alcebíades está nos mostrando um caminho com o seu espetáculo, tanto quanto o pessoal do Camille Claudel. Um beijo.





(Petruccio Araujo)

17 de nov. de 2009

Artaud-Alcebíades


E ele carrega o peso 
de três Hamlets no pescoço.

Isso é dor, gozo e sofrimento.

Ou seja, isso é Ultra-Gozo.

VIVA !!!!!!!!
Porra gente, diz se não ficou perfeito !?! 
A força, o impacto, a defenestração do lugar comum
através dessa imagem do meu amado Artaud-Alcebíades ! (Filho de quem, mesmo?)


Quem passa impune por essa imagem ?
Impossível.



Quem passa impune por nós ?
Beijos.

º
(Paulo Castro)

QUANDO NO PALCO SUO TODA A DOR - Que dores içadas nas divisas listradas que dividem meu corpo… Houve um tempo, em que só eu viajava tão longe de aqui, usava os cabelos não sei de que modo, desfazia os nós das ventanias e ia e ia e ia… nada me segurava, tinha asas empermeadas de lágrimas, tão fracas na sua anemia branca e transparente, tão forte com a convulsão que arrebentam o peito… naquele tempo, a mochila não se fechava, os sonhos iam amassados se apertando, disputando um lugar na janelinha das cavas de minhas camisetas; hoje; somente uma frasqueira me basta, eles vão distantes uns dos outros lá dentro como se nem se conhecessem. Carrego em meu pescoço a lavra dos que já foram e quando no palco suo toda a dor das crianças morrendo aos poucos, o que é meu se junta ao dos que já se foram e faço um poema pra alegrar seu dia. Sorria!!você está sendo filmado!!
(Maria de Fátima)

16 de nov. de 2009

Eu, Artaud

Eu, Alcebíades Filho
sou meu pai, 
minha mãe 
e meu filho
parênte-se: ARTAUD.

13 de nov. de 2009

O amor é pão entre estranhos







Entre Estranhos - Espetáculo vencedor do Festival Mapa Cultural Paulista, fase Municipal, Guarujá, Sp, 2007


Textos: Alex Moreira Carvalho
Direção: Alcebíades Filho, de quem, mesmo? (Na época, a boneca aqui, usava sobre o nome, Nietzsky)
Elenco: Dina Alves, Luciano Costta e Patrícia Galvão
Coreografia: Luis Bonelli

11 de nov. de 2009

TORquaTO - oʇɹoʇ’ oʇsod ǝnb oɔnol ɹod opnʇ ǝnb é oʇɐxǝuı ‘oʇɐnbɹoʇ

8 de nov. de 2009

Alcebíades, filho (de quem?) da terra quente, vazão do que se sente, palavras enlouquentes, destemido é serpente, faz parte de nossa gente.

(Carlos André/Bertôegua)

7 de nov. de 2009

Simplesmente Alcebíades: Canto, canto o que nunca se elabora. Tímido, embora. A inibição quase me devora. Ultrapasso-a, som e fúria: ao cantar exponho-me assim, rudeza delicada. Só no traço melódico exponho fácil todo amor que trago. Meu nome, quando e então, é gozo cálido. Borboletas, miríades. Ou simplesmente Alcebíades (filho, de quem?)



(Alex Moreira Carvalho)
Alcebíades  
Nome forte para o homem forte.  
Alkibiades, do grego,  
aquele que governa com violência  
e generosidade. 
Ele é tirado da bebedeira  
por Sócrates  
e foi ressuscitado por Quíron  
- o mais sábio dos centauros.  
Personagem de muitos atos,  
e roteiros,  
e peças,  
a começar pelo nome que carregas.  
Sendo assim,  
não há como se saber filho de quem…  
Já que tu és quem crias,  
que pari de si mesmo  
em cada personagem.  
Meus aplausos!


(Junia Caetano)

28 de out. de 2009

Percebi que você Alcebíades Filho (de quem, mesmo?), é bem nutrido. Alimenta a alma com o que há de melhor sabor, degustado com os olhos do corpo. Mil facetas de contradição!!! No fundo somos todos assim, habitados por seres, aprisionados em um só corpo loucos p/ sair.

(Michely Costa)

25 de out. de 2009




Alcebíades Filho, de quem, mesmo? : Alcebíades Filho da arte e do corpo antiesquizofrênico. Alcebíades Artaud, Van Gogh entre corvos em meio ao trigal ardente.
(Pretuccio Araujo)